quarta-feira, 19 de março de 2008

PERNAMBUCO É NOTICIA NO WASHINGTON POST

'Washington Post' destaca combate a esquadrão da morte em PE

A criação de uma força-tarefa para combater os esquadrões da morte em Recife e no resto do Estado de Pernambuco é destaque na edição desta quarta-feira do jornal americano Washington Post.
A reportagem aponta Pernambuco como o Estado brasileiro com o maior número de homicídios proporcional à população e afirma que, segundo as autoridades, os esquadrões da morte são responsáveis pela maioria dessas mortes.
“Porque rotineiramente os integrantes desses esquadrões incluem policiais e outros cidadãos proeminentes, falar livremente sobre sua influência é considerado, há algum tempo, um convite a problemas.”
Segundo a reportagem, a presença desses esquadrões é sentida em várias partes do Brasil há anos, mas “a crescente demanda pública por justiça, no ano passado, fez com que oficiais criassem a primeira força-tarefa regional de larga escala para combatê-las”.
“Agora, as autoridades trabalham contra autoridades, no que parece uma enorme investigação interna.”
O jornal comenta as relações dos esquadrões da morte com pessoas influentes – que dificultam as investigações – mas afirma que a preocupação de uma mãe com a vida de seu filho, no ano passado, “se provou mais forte que o poder dos grupos sobre o público silencioso”.
A mãe foi direto ao governo do Estado, reclamar que um integrante da milícia Thundercats queria matar o filho dela, dando início a uma longa investigação.
Dezenas de pessoas, em sua maioria policiais e negociantes locais, foram presas nas ações que se seguiram, afirma o Washington Post, mas ainda faltam informações sobre esses grupos. Por exemplo, ninguém sabe quantas organizações, ao certo, atuam no Estado.
“As ligações dos grupos com instituições públicas ajudaram a criar uma cultura de impunidade. Policiais militares afiliados aos esquadrões normalmente chegam cedo à cena do crime para esconder provas, segundo as autoridades.”
A reportagem ainda cita o relator especial em execuções extrajudiciais da ONU, Philip Alston, que visitou o Estado no ano passado e disse que apenas 3% dos assassinatos cometidos em Pernambuco são julgados.
Em 2007 foram presas 197 pessoas em conexão com o combate aos esquadrões da morte, mas segundo o relator da ONU, “isso pode ser apenas a ponta do iceberg”.
“Ainda é cedo para determinar se as prisões da força-tarefa vão ter algum efeito mensurável sobre a violência em Pernambuco. Alguns observadores dizem que são necessários maiores esforços para definir os problemas antes que eles sejam resolvidos.”



'The Guardian'Rio nunca esteve tão perigoso para repórteres, diz jornal.



Miami HeraldSão Paulo 'vira a mesa' contra o crime, diz jornal americano.



BrasilEvangélicos ganham respeito de criminosos no Rio, diz jornal.



Copa 2014Pergunta sobre violência irrita delegação brasileira.



Washington Post'Tropa de Elite' leva o Brasil todo 'a discutir violência no Rio'.


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